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Evolução das Teorias Administrativas
Evolução das Teorias Administrativas

BASES HISTÓRICAS PARA A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS

 

            Historicamente, o fenômeno da industrialização é relativamente recente.

Antes da industrialização, as organizações humanas eram fundamentalmente a família, a tribo, a igreja, o exército e o estado. Desde o princípio, o homem sentiu necessidade de organizar-se para as campanhas militares, para os problemas familiares, para a administração governamental e para a operação de sua religião, decorrendo daí as primeiras noções de organização. Examinando-se a administração pré-industrial, dois temas aparecem constantemente: (1) noção relativamente limitada das funções administrativas; (2) pouca consideração pela atividade comercial.

            Vários indícios na história antiga mostram-nos que devem ter existido planos formais, organizações de trabalho, liderança e sistemas de avaliação, ou seja, as grandes construções épicas, como as pirâmides, por exemplo, indicam uma prática eficiente das funções administrativas. Quando lemos a bíblia com uma óptica de administrador, encontramos citações, como as referentes ao êxodo, que explicam a forma piramidal dos organogramas organizacionais.

            Orientando-nos pela evolução da história antiga, podemos situar acontecimentos que permitiram a evolução das antigas civilizações com base em princípios administrativos que são até hoje defendidos e utilizados por teóricos da administração.

            Cabe ressaltar que os egípcios, durante as construções das pirâmides, praticavam ações que garantiram a legitimação das teorias administrativas; eles reconheceram o valor do planejamento das atividades, o uso de uma pessoa que comandasse e orientasse os demais trabalhadores, como um conselheiro, o princípio de organização em grupos, com divisão de atividades e responsabilidades e a técnica de descrição detalhada das tarefas de cada elemento do grupo.

            Os egípcios desenvolveram extensos projetos arquitetônicos e de engenharia, além das pirâmides, tais como canais de irrigação, edificações de grande porte, entre outros. Para possibilitar tais empreendimentos, alguns métodos, sofisticados para a época, foram adotados: divisão de trabalho entre pessoas e departamentos, previsão e planejamento, surgimento da função de “administrador”, para coordenação de empreendimento estatal.

            Os homens que construíram as pirâmides do Egito não só sabiam como elaborar um projeto, como também demonstraram grande habilidade em mobilizar recursos humanos. Administrando 100 mil trabalhadores em projetos de 20 anos, mereciam reconhecimento por essa habilidade.

            Em seus assuntos e negócios e governamentais, os egípcios documentaram exatamente quanto foi recebido e por quem, quando isso foi feito, e exatamente como esses recursos foram usados. Os aspectos militares, religiosos, sociais e governamentais dos egípcios eram muito bem organizados. Certamente, eram muito eficientes e os objetivos finais eram atingidos.

 

Kwasnicka, Eunice L. Teoria Geral da Administração: uma síntese, 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.